O director da Rádio Ecclesia, padre Quintino Candange, e José Ribeiro, director do Jornal de Angola, são fuba do mesmo saco. Para sobreviver pensam com a barriga e têm o cérebro num buraco perto do umbigo…
Por Orlando Castro
O padre Quintino Candange diz que existem organizações internacionais que financiam órgãos de comunicação social em Angola com vista a derrubar o poder actual. Então Sr. padre Quintino Candange, não será altura de deixar de ser cobarde e dizer a todo o mundo quais são essas organizações internacionais e quais são esses meios de comunicação social?
A Rádio Ecclesia, com este etílico e cobarde devaneio do padre Quintino Candange, mostra que está – como o regime pretende – cada vez mais em sintonia com os autómatos dos meios públicos.
O padre Quintino Candange segue, aliás, a velha estratégia do sipaio director do Jornal de Angola (JA), órgão oficial do MPLA, correia de transmissão do regime ditatorial que (des)governa Angola desde 1975.
Tal como agora o padre Quintino Candange, também José Ribeiro vai ameaçando – como o fez no dia 12 de Maio de 2008 – divulgar “as listas dos nomes dos quadrilheiros portugueses capturadas no bunker de Jonas Savimbi no Andulo”.
Até hoje não o fez. Tal como o padre Quintino Candange, atira a pedra e esconde a pata. Então, camarada sipaio, director do JA, José Ribeiro, não será esta a melhor altura para divulgar essa lista? Então padre Quintino Candange, não será esta a altura para dizer ao mundo quais são essas organizações internacionais e quais são esses meios de comunicação social que ela financiam para derrubar o Governo?
Tudo leva a crer que o padre Quintino Candange é como José Ribeiro. Um, mais um, invertebrado néscio que pensa com a barriga e tem o cérebro no umbigo ou num buraco que fica perto.
Será que o dono do jornal, bem como do país, sua majestade o rei de Angola, José Eduardo dos Santos, deu ordens ao Jornal de Angola e à Rádio Ecclesia para fazerem tiro ao alvo com os seus fantasmas? Será que o rei tem medo da própria sombra, ou é só um pesadelo diário chamado Jonas Savimbi?
Continuamos, mesmo assim, à espera das listas de quadrilheiros portugueses e, já agora, também da imensa listagem dos oficiais das FAPLA e depois das FAA que trabalhavam para Savimbi, assim como dos padres e políticos do MPLA, alguns com altos cargos no Governo e que também eram assalariados do líder da UNITA, e ainda dos jornalistas (portugueses e angolanos), hoje rendidos aos encantos do MPLA, e que também eram amamentados por Savimbi.
“Basta de abusos e insultos”, advertia então o Jornal de Angola na última linha de um Editorial, sem avançar quaisquer pormenores sobre as “listas de quadrilheiros portugueses”, inferindo-se que se trata de aliados do ex-líder da UNITA, principal partido da oposição angolana, morto em combate em Fevereiro de 2002.
Continuando os “diamantes de sangue” angolano a circular pelos areópagos da alta finança mundial, embora com outro nome, assim como o “petróleo de sangue”, seria bom que se soubesse (santa ingenuidade a nossa!) a que “quadrilhas” servem agora. Será que vestem batina e trabalham na Rádio Ecclesia? Será compraram toneladas de vaselina e dirigem o Jornal de Angola?
Por tudo isto, força camaradas do MPLA/regime. Se tiverem tomates (não têm, nunca tiveram e nunca terão, como é bom de ver) não devem esperar. Mandem cá para fora tudo o que têm. Tudo. Tudo. Tudo significa tudo. Percebem?
Sob a batuta do MPLA, estes sipaios tipo José Ribeiro e Quintino Candange, servem-se do Jornal de Angola e da Rádio Ecclesia para divulgarem o que nem eles sabem o que quer dizer e, quem sabe, para esconderem “as listas dos nomes dos quadrilheiros capturadas no bunker de Jonas Savimbi no Andulo” onde se calhar figuram alguns deles.